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Frank Vende?Como assim?

Nos primórdios do universo de redes sociais (mais precisamente quando Orkut era a única palavra possível de se associar a este termo), Frank Vende lá surgiu como um tímido perfil em que este vendedor se propôs a comercializar seus pertences.

Levou algum tempo até que um comprador concretizasse a primeira negociação, mas curiosamente a partir dela (e do generoso depoimento público pós venda dele) a empreitada comercial ganhou tração que se perpetua em progressão geométrica, expandindo-se para as subsequentes gerações de mídias sociais, marketplaces, blog e site próprio.

Frank Vende é reconhecido por sua criteriosa curadoria, que abrange desde a pesquisa e tratamento dos produtos, considerando as particularidades de cada objeto, passando pelo respeitoso e carismático atendimento, que encontra reflexo no cuidado com o envio de pedidos de forma rápida e segura, transcendendo para a atenção especial no pós venda.

Frank entende que um objeto usado possui uma riqueza ímpar vinculada ao seu histórico, quase sempre desconhecido por seu atual proprietário que invariavelmente o ressignifica, expandindo sua potência, assemelhando-se ao resultado esperado de um ritual antropofágico. 

Os sinais de uso, inevitavelmente impressos em um item usado, podem se encerrar como depreciáveis ao julgamento de alguns, mas também podem ser apreciados como um convite à um novo modo de interpretar ou utilizar determinado objeto. Por exemplo: anotações na margem das páginas de um livro podem representar um novo ponto de vista ao vigente leitor, trazendo uma reflexão expandida do conteúdo (e talvez um futuro debate, se o anotador demarcou propriedade previamente).

A cultura de objetos usados também proporciona repensarmos sobre hábitos de consumo muitas vezes puramente condicionados à acumulação.

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Far far away, behind the word mountains, far from the countries Vokalia and Consonantia there live the blind texts.